
Da Pertença
Data 15/01/2010 00:40:33 | Tópico: Poemas
| A vida é open source Só poucos fragam a linguagem.
Insista na saúde E a doença se avexa Invista na unidade Que a diferença se aprochega.
O poeta dizia ó candura Ó doce bálsamo da noite silente Brilha no céu a estrelha do crepúsculo E o estampido grave mór dissolve as fronteiras.
Quando ainda a imaginação era livre E a medicina era o atino do hábito Quando ainda o som era cor A magia era são objetivo.
Depois a academia modelou o entrave O mundo saiu de dentro do bicho E a vida da areia foi esquecida Amor ao sol chamaram culto pagão Amor à luz chamaram cega maldade Era a vez da vingança do ciúme Guardaram a inteligência numa caixa Marraram fita em volta e cunharam deus.
Então o artista nutriu ódio O cético trêmulo desistiu do infinito Mas os pássaros ainda cantavam A chuva ainda caía tilintante A mentira se achou verdade A ilusão se fez de bondade Mas os punhos se cerraram Contra a ode incerta do medo.
No oblivion da quinta-feira banal Quis dançar e relembrar Da cura de toda ginga Do bom calor da dor.
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