SÓ ESTRADAS, O DESTINO NÃO NOS PERTENCE... (Inédito!)

Data 15/01/2010 14:25:21 | Tópico: Sonetos

Nota da Autora.
Costumo fazer sonetos no esquema de 'Bentinho', personagem de Machado de Assis em 'Dom Casmurro' (abba,abba,cde,cde), é o mesmo esquema do soneto inacabado, exibido na mesma obra. Esta estrutura é complicada em questão de rítmo, qdo declamado exige muito do declamador.
Este soneto, em particular, por questões intuitivas n foi feito nesse modelo.
SÓ ESTRADAS, O DESTINO NÃO NOS PERTENCE...

As escolhas que fazemos nos levam a vários caminhos,
Quando sinto que os conheço mais me ponho sozinha.
Só, às vezes fico, ao conceder um breve lance de carinho
E quando te peço carona, cedo a cota que é só minha…

Nas horas acesas e mortas nas quais trafegas na rodovia
Acenas feliz, me mandas olhar de desejo. Se eu paro
Naquele terno aconchego, que de ti recebo, apias.
Mas se estás tu a pedir, um tráfego de companhia, raro

Precioso a mim e a ti, em todas as rotas e tantas vias,
Me levas aos destinos certos e tortos em que avias
Pontos de amarrio e ousadia a cada ato de arremesso...

E em tantos nós de coragem te reconheço no escuro,
Pois brilhas sempre minha luz, minha prosa, meu apuro
Porque nas rotas de mim, és áureo e etéreo recomeço…

Ibernise.
Acau (Paraíba/Brasil), 15.01.2010.
Núcleo Temático Romântico.
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