Sem saída
Data 15/01/2010 19:03:56 | Tópico: Poemas
| Uma incursão minha pelo meu próprio dark side... sei que não estarão habituados a esta linguagem da minha parte mas neste dia apeteceu-me explorar o sotão e cave de todas as experiências menos boas que ja tive.
Aos mais sensíveis pede-se cuidado ao ler e lembro que é apenas um poema não uma declaração de princípios.
Sigo a sociedade no caminho para o trabalho, Ansioso por poder ter poder de retalho, Cortando o que não interessa... não falho.
Os gritos que se estendem e que eu não sei ouvir, Vejo sim as caras, os olhos os gestos bruscos a surgir, Mas não é névoa como direi mais tarde para a fotografia, é nítida, tem cheiro e cores e pormenores de que não se desvia.
Já me encheram de porrada, deitando tudo cá para fora, Sou só a dor que não espelho e eles apenas o seu empenho, Pontapeando e esmurrando com a autoridade da escoria, Mas eu aguento, porque a vingança é a única coisa que tenho.
Sou qualquer coisa indefinida, e irreconhecível no chão, Pedra com as pedras que ao meu lado estarão, Nos proximos momentos em que os olhos se fixam, Na pura vontade, raiva e rejeição que emanam.
Não é num lugar sombrio que estou agora pronto, Estou num sitio onde o sol bate só num ponto, Encadeando os "inocentes" que nem dão conta, Sou uma alma, uma cabeça uma arma pronta.
Encarcerado nesta missão confiada á minha mente, todos me dizem muito mais que simples demente, E se de repente... me desse um flash lúcido surpreendente? E eu castigasse como me castiga toda a gente?
Muito mais que mata-los sem piedade, Seria enfim um acto de liberdade.
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