FALSOS MANEQUINS

Data 16/01/2010 12:27:52 | Tópico: Poemas

Passo pela vidraça baça da loja e debruço o olhar sobre os manequins sem braços. Tento coser todas as veias, mas o sangue se evaporou em mil andanças de agulhas vestidas de vermelho e debruadas a pedra-pomes. Fugiram as forças para um qualquer recanto do armazém onde penduraram os trapos cinzentos e até os estilistas se amedrontaram no espectáculo. Em acervo de invento parti-me como costureira de alma.

Eduarda


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