APENAS...

Data 16/01/2010 23:47:15 | Tópico: Sonetos

Trago aqui nesta minha palma aberta
Margaridas como flores da estação
Anunciando que me assombra o verão
O suor me escorre como fonte inquieta!

Não tenho os dias de viração!
E sim, uma espada que acerta
O peito pela indomável solidão!
Há quem diga, que morri de face encoberta!

Não preciso sorrir, se o riso for falsidade
Nem preciso chorar, se as lágrimas não contiverem verdade!
Não há chaga acesa que não mereça o perdão!

Nem poemas, versos, escalas e relicários
Se a morte é santa e preside o rosário
Há quem diga que respiro a afã ilusão!




Ledalge



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