E A LUA ESPREITOU...

Data 17/01/2010 10:57:01 | Tópico: Poemas

Deitei o cajado no sobretudo velho da vida.Sem sobressaltos de azáfama deitei-me ao lado das cotovias. Vislumbrei o Universo deitada na nuvem que me agarrou e senti a plenitude como algo real em mim. Na sombra de vácuo apanhei o dia que se aliou à areia fina e me denunciou a vida. Sem esgotamento de pó ou pedaço de argumento, ceguei o nada num segmento de coisa nenhuma. Dispus o momento sem acento de palavras e a lua espreitou-me no incenso que a chuva não conseguiu apagar. Sem pragmatismos de toada tornei-me confiança no cabelo e estrela no silêncio, que me compele a voar todas as galáxias que me aguardam o nascer.

Eduarda


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