Morte

Data 17/01/2010 23:26:16 | Tópico: Poemas -> Góticos


Morte






Vislumbra a penumbra acortinada de seres
com outros prazeres.

Flácidos de fé comum instalada por meros
e velhos afazeres.

A morte é mais simples do que parece e a
passagem dolorosa é prazer para uns que
acha isso um tórpido normal.

Escurece por que a luz já cumpriu seu papel.
Se for breu e não céu é nu e cru.

Um crucificado papel de atores urbanos que
por ser assim é percebido.

Macabra sem cabrito imolado ou qualquer
sacrifício pré-escolhido.

É Moisés da era futura, uma flor que não
murcha e não é insegura.

Aturdido de insensatez leviana e não leve
a Ana caçada.

Mate a Maria sem dona e não imaculada.
Olhe o diabo e dê risada.

Vista o paletó de madeira e fique sem ar ou
se decomponha de qualquer jeito.

Morra de ri da falta de escolha e diz: eu aceito.

















O NOVO POETA. (W.Marques).
O NOVO POETA. (W.Marques).



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=115659