Morte atada

Data 19/01/2010 17:25:45 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Hoje me deitei com a morte
A perseguida pela vida a fora
Estava ali ereta e suprema.

Era o macho de vontades
Levanta-me as saudades
Descascando feridas suspensas.

Na escuridão do tempo
As pessoas vertem-se
Por qualquer motivo?

Entre abismos de corpos
A vida tão amorfa?
Blasfeme o gozo desfeito!

Atormente a vaidade,
Desrespeite a insanidade,
Assuma riscos a eclodir!

Irradia versos evaporados,
No tumor atado ao corpo que deseja,
A idade é presença superada.

No amor acostado que arde,
A gosma que alimenta,
A morte dorme sem sono e atormenta.


Diana Balis, nem todos os dias serão felizes. Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 10.



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