Quimerista

Data 11/07/2007 13:41:12 | Tópico: Acrósticos

Eu queria poder ser uma tempestade,
E precipitar a minha fúria com o vento...
Inundando as ruas sujas da cidade,
Relampejando meus gritos no tempo...
~
Assim eu lavaria ao teu átrio escroto,
E toda imundice que tua boca exclama,
Levando teus podres dejetos ao esgoto,
E apagando até a ultima de sua chama...
~
Pois eu precipitaria por todas as calçadas,
E afogaria ao teu hábito poluído...
E ao hálito de tua boca contaminada,
Faria-o escorrer para junto do detrito...
~
Meus raios riscariam ao teu céu,
Na procura imediata de teu ser...
E cairiam na folha seca de papel,
Onde teu nome, tu pensaste em escrever...
~
Para dar fim não só na sua presença,
E sim queimar toda e qualquer lembrança...
Desencorajando todas suas crenças,
E tirando o seu peso da balança...
~
E após teu elemento ser proscrito,
Eu lavaria a alma das ruas...
E daria no ar um aroma de melito,
Destas flores que jamais foram suas...
~
Assim aos poucos me transformaria,
E um arco-íris se faria presente...
Com a tempestade se tornado calmaria,
Como um filho regressando ao ventre...
~
Mas se preciso, a teu tumulo eu profanaria,
Para ter a certeza que não vais voltar...
Pois novamente uma tempestade eu seria,
Para tua lembrança poder apagar...



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