
SOU UM GUERREIRO
Data 03/02/2010 00:54:19 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Sou um guerreiro! Bato-me contra moinhos de vento Mas não creiam, não creiam que me sento À sombra da bananeira, de um chaparro Não. Levanto a minha lança, e ataco A minha caneta já tem pouca tinta, certo. Mas esses moinhos de vento a que me agarro Hei-de vence-los estejam longe ou perto. Fogem de mim que se não me vissem. Antes eram amigos esses moinhos de vento, Sim de vento, hoje não passam disso, Mas qual importância? Falei com o meu cavalo Que me aconselhou a não bater em retirada Mesmo que nos ataquem à pedrada. Vou em frente, fico marcado, magoado Mas com a dignidade de um nobre cavaleiro Talvez louco, sim, louco, mas com dignidade Os meus aliados, esses ahahahah onde estão? Não sei... esqueceram-me, mas não faz mal É melhor só que mal acompanhado Não viro as costas para não ser apunhalado. Vamos meu velho cavalo com as nossas lanças Mesmo ferrugentas que estejam São as nossas armas que nos são fiéis Que não ferem ninguém e as vitórias festejam
A. da fonseca
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