ONDAS SÚBITAS

Data 04/02/2010 00:39:05 | Tópico: Poemas

Calcorreando pelos bairros
Meus pés exaustos ancoraram
Às sombras de casuarinas sem jarros
Junto das quais ondas explodiam

Ali chegadas, as ondas espoucavam
E no rebentar das águas cristalinas
O mar cantava minhas sinas
Enquanto meus olhos enxergavam

E eu que por ali passeava
Sem caneta…
Nem papel, apenas com meta…
Nadava nos versos daquela onda

Com a estupefacção já solta
Meus olhos se inundavam
E no ondular da maré alta
Meus sonhos desatados se reerguiam

Na sedução do Relógio-de-Sol
Benguelenses de todas as idades
E vontades deitavam alegrias
Sobre ondas resplandecentes como girassol

Quando não as olhava mais
As ondas se ausentavam de mim
E explodiam no cais
Levando prazeres e dores ao fim

Quando abri-as…
Desvendei que elas traziam
O belo cantar das sereias
E este poema que as acácias queriam…

04/02/2010
ESCRITO EM BENGUELA...
POETA "REI MANDONGUE I"




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=118214