
SÃO PAULO DEBAIXO DE ÁGUA
Data 05/02/2010 18:40:23 | Tópico: Poemas -> Sociais
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O dilúvio veio dos céus esventrou a mãe terra transformando-a em ilhas e solos férteis em solos inférteis
Por todo o lado o grito pungente de pessoas aterrorizadas entra-nos pelos ouvidos adentro, pedem socorro mas este tarda em aparecer
A chuva cai descontroladamente invade as ruas da cidade e as casas dos pobres e com ela os parcos pertences de uma vida
É impossível sair para a rua a fúria das águas não têm dó e tudo alagam desde estradas a meios de locomoção
Sentem-se perdidas por onde quer que olhem só as águas tomam primazia não há como se deslocarem com tudo alagado como cogumelos nascendo aqui e ali
De lembrar que este tempo já reclamou mais de setenta vítimas, vergadas ao peso da água, sem ter por onde escapar pois tudo é lama e derrocadas e as cidades estão pejadas de lixo, não escoando as águas abundantes
Que mais espera a estas pobres gentes, sem terem nem porquê resta-lhes rezar aos bons deuses do Olimpo para que venha de lá a bonança e se ergam de novo os indivíduos as árvores, os animais e as casas que desapareceram para sempre nas águas malditas… Olhos tristes lamentando a terrível destruição… Oh, tragédia!
Jorge Humberto 04/02/10
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