A Mão

Data 12/07/2007 18:31:30 | Tópico: Poemas

A mão não pára,
Tem vida própria,
Vai da esquerda para a direita,
Qual máquina de escrever,
Desenha estranhas figuras,
De cima para baixo,
De sudoeste para nordeste,
Deixa cinzelados sentidos vários,
Sulca o papel fino rectangular,
Eleva-se uns milímetros,
E logo volta a aterrar,
Para em círculos e rectas,
Algumas palavras deixar,
Suspende-se por segundos,
Com uma caneta na mão,
E logo volta à carga,
Cheia de energia e dinamismo,
Com todos os seus músculos,
Ossos e cartilagens a vibrar,
Transmitindo a estas frases
Todo o conteúdo e emoção
Que ela quer libertar
Para poder, finalmente, descansar!
Lisboa, 2000


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=11852