Descubro a fragilidade Na demência dos gestos Encontro a alegria Na placidez do olhar Acho a força Na calma da decisão sábia E pressinto a tristeza Na doçura irreverente Dum beijo inodoro.
A cor da alma Reflete-se na sombra Fugidia e inquieta E a fragrância do sonho Derrama-se nas folhas nuas Impregnando a atmosfera De um odor cálido A canela, erva-doce E fruta-pão.
Navego pelas nuvens Rumando ao incerto Cavalgo a loucura Assumindo o risco Da descoberta sem mestre, Escalo a indiferença em busca Do nunca ou do jamais Fazendo da inventiva A nau da aventura.
Todos os dias o hino Construído de silêncios E muito infinito… Todas as noites a luz Fria do luar coado Poisado na janela entreaberta… Sempre o sabor único Do odor que se solta Da cor do teu sorriso!
Mantenho a teimosia de ontem, A vontade de hoje E a esperança no amanhã… O trivial sucumbirá na orla do areal! Anonimamente encontraremos O abraço que falta Para completar a cadeia da plenitude Cujo saldo será apenas o infinito.
by PC, em 17.Jan.2010, pelas 18h15
|