«« O trinar da Guitarra ««

Data 07/02/2010 23:25:51 | Tópico: Sonetos

Os nosso olhar se entre-cruzou, assim
Que o vento amainou e a chuva parou
Tal qual as cordas de um bandolim
Nosso olhar se cruzou, o dia avançou

Em direcção ao tudo que chega por fim
Depois da espera que a vida traçou
Floriram as rosas num belo jardim
Trinou uma guitarra, baixinho chorou

Fundem-se as almas em comunhão
Unem-se os corpos, quente madrugada
Bocas unidas, dadas as mãos por essa estrada

Plana ou em ziguezague, em abolição
Germina o amor, numa farta colheita
Duas lágrimas que caem,é o gemer da guitarra

Antónia Ruivo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=118757