ARCADA...

Data 09/02/2010 20:16:28 | Tópico: Poemas

deito-me na arcada da boca
como sentinela peregrina da saliva.
humedeço o trevo do corpo convulsivo
e estreito-me na ogiva ressequida.
agrafo o pulmão que me retém a solidão
e esgrimo a inconsequência.
seco as lágrimas no mar e devolvo-me à areia fria
permaneço-me indolente feito prisma.
cai a noite e o silêncio numa tendência sem contornos.
solto gritos e torno-me sismo parado como reflexo de nada!


Eduarda


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