Este corpo Que cobre todo o meu ser Que me exige e faz sentir Coisas que nem sempre entendo... Esta mente Que muitas vezes é surda E não ouve o que lhe digo E insiste teimosamente Em deixar-me constrangido Perante o que vou vivendo...
É um dilema… Que sempre me acompanhou É um mistério Que terei que aceitar Sem poder explicar Nem sequer compreender Agora, só tento conciliar Ou até, minimizar A singular discrepância.
Uns dirão, que foi um ser divino Que nos traçou, tal destino E que temos que aceitar Este total desatino Sem nada reclamar. Não aceito, não senhor! Ser mandado, por um tal ser divinal Que nunca vi nem conheço Que nos controla e comanda Como se fossemos robôs.
Tenho corpo e tenho mente Que vivem, constantemente Em desacordo total.
É verdade. Mesmo neste labirinto Não entendendo o que sinto… Eu prefiro ser mortal!
Gil Moura
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