Vidro da noite

Data 13/02/2010 15:05:13 | Tópico: Poemas

Com a mão espalmada
sinto a frieza do vidro da noite,
Estilhaços de estrelas brancas, perenes...

Tateio a noite ferindo meus dedos
nesse brilho de estrelas-agulhas
que tecem destinos na escuridão,
alinhavando rumos.


A frieza da noite é certeza
de um calor que inunda a alma como raios de sol,
derretendo o gelo que endurece o espírito,
que varre com brisa amena,
as angústias e as feridas que doem.

Estilhaços de estrelas que ferem meus dedos,
acolho-os com as mãos em concha,
como quem acolhe o sentido da vida.

Não há dor vinda das estrelas-agulhas...
Unem meus sonhos,
fazem do vidro da noite proteção e aconchego,
refletem os raois solares da minha esperança.

Contornos de luz me protegem de abismos,
formando imagens de acalanto e calma...



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