Revolução

Data 15/02/2010 01:12:59 | Tópico: Poemas

Já não sou o que costumava ser
Não chuto as pedras do chão
Pego e guardo-as nos bolsos
Esperando montar algo que me seja útil

Em meio à ventania
Não me escondo com medo das rajadas
Permito – me voar
Alço asas rumo ao céu

Com temor no coração
E Lápis na mão
Tracejo todos os meus desejos
Persigo meus sonhos e lembro:
Já não sou o que costumava ser.

As pessoas começam a evoluir
Seus ideais não coincidem com os fatos
Os retratos já estão desbotados
Os sorrisos são forçados.

Não quero ficar presa á falsas alegrias
Tão pouco viver na demasiada utopia
De quem já foi feliz
Talvez seja delicada, porém não mais parada
Apenas não quero viver ás minhas margens
Elas se alargam e tornam mais profundas
Requerendo maior esforço
Tenho que saber acompanhá-las.

A revolução
Começa de dentro para fora
No íntimo
Onde os dedos são inúteis
Palavras tornam - se fúteis
E o que é levado em consideração
È refletido no espelho: ação.

Já não sou mais o que costumava ser
Não sei o que serei
Mas tenho certeza que sigo no caminho certo...

Maria Luiza Aarão.











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