Um Tudo em Todo: Amor

Data 15/02/2010 19:47:01 | Tópico: Poemas

Eleva-me nas espirais do vento
No sopro invisível de seu corpo.
Retoma-me em teus braços
Nas folhas do teu mosto.

Alegra-me nas ternas manhãs
De Outono,
Aquelas que o vento soprou
E nunca mais retornou.

Ergue-me ao alto
Para tocar na ponta do castelo
Seu reino se desmoronou
Quero semear as violetas
As que outrora o vento levou.

Distingue-me entre as ervas daninhas
Sou aquela simples coisa
Que radia certa luz,
Oculta a todos os olhos
Somente à alma reluz.

Tira-me a venda dos olhos, já!
Não sou capricho!
Nem bicho!
Quero estar nua como a lua
Como o dia que cheguei a este mundo.

Serei alma perdida? No meio de escombros náufragos?
Não, não sou!
Sou caminhante, entre o vento culminante.
Eternamente amortalhada,
Esquecida dentro desta grande muralhada.

De todas as inteligências das mais antecipadas às mais ancianas
Dos tempos passados, aos de hoje, aos que virão amanhã,
Somente existe um segredo.
Um símbolo,
Um ponto em comum,
Um que vale por tudo e todo.

UM, bater de coração,
UMA, morte,
UM, único interesse comum neste mundo nu.
Ultimato certo e cru.
Desvendar o segredo que se leva dentro de nós.
E esse é simplesmente nosso “AMOR.”




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