queda Livre

Data 17/02/2010 14:09:45 | Tópico: Poemas

contra todos os séculos
enquanto a memória esquecia os golpes do cansaço
armada com palavras de fumo
a entrançar alquimia da mente
na mesma penumbra de sempre
entre paredes que conheceram a ternura ardente
nos jogos secretos da noite

mãos contornavam seu corpo recuperado
com a crescente lentidão do tempo
perdida de langores, funéros e púrpuros desejos
brotavam do sangue a cada golpe de derrota.

na sua rasgada rebeldia-jura que ainda não perdeu,
apesar do rasgão da descida, lambe as feridas da queda guardada
Cai fundo e quase não a vejo, não vejo a minha mão


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