sem número

Data 19/02/2010 22:46:31 | Tópico: Textos






quando aqui cheguei o que de ti restava pôs-se a dormir, o corpo quieto ao lado, como uma memória estável. quis abraçá-lo, fugiu, fui atrás dele, desapareceu. que o teu corpo flutua quando o penso perto, que pára quando o sinto longe. deixa-te estar aí, não te mexas.quando aqui cheguei trazia dentro um filho, uma placenta de memórias para te entregar, quando abrisse as pernas e me rebentassem as águas, nos olhos, as lágrimas. quero chorar-te como quem morre.e dentro dos olhos fileiras de sonhos, posso dizer-tos quando acordares, posso dizer-tos.




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