Assombração

Data 21/02/2010 15:50:03 | Tópico: Poemas

ASSOMBRAÇÃO

Entro numa casa assombrada
De terror e fantasmas
A parede parece de seda forrada!?
Passos vão rangendo no soalho
Entro e,
da valentia me valho.

Fortes ameaças de feitiço
Mortes de aperto no coração!
Aceitam o compromisso!?
De não voltarem do caixão.
Ouço gritos e mais gritos
Uns de comando, outros de lamento
E outros aflitos,
dizendo,
Palavras leva-as o vento.

Espíritos injustiçados,
Mistura de pavor e gozo
Batendo palmas precipitados
A olhá-los nem ouso.
Há sangue nas tábuas do chão
Sombras e tantos ruídos
Tamanha é a assombração!?
Que chega o eco aos ouvidos.

Portas a abrir e a fechar
Bruxas comadres, possessão!
Asas no seu roçagar...
Saem vultos do caixão.
Mais fantasmas e vampiros
Fortes são suas emoções
Ou é apenas a raiva dos que sofrem
de frustrações?
Ainda ouço palmas e exclamações!?
A explosão fez o azul do céu toldar,
e o frio da noite entrou.
No meio do fogo cruzado alguém escapou
E noutro lugar foi serenar.

rosafogo

Esta casa deveria ser uma catedral onde reinasse a
luz e a paz e todos em uníssono cantassem POESIA e esbanjassem harmonia e amizade.
Entrei pensando pisar chão sereno e saí, para
procurar um chão mais ameno.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=120715