Degolam a palavra, Pelo simples e egoísta acto de matar, Idiotas inúteis Ocos entre o parietal e o frontal, Corre-lhes nas artérias exangues Um pútrido líquido que esparramado pelo nasal Contamina suínos à peste humana. Admiram a unha tratada na ponta da falange, Raspam o sabugo, Engordurado pelos que rompem a cervical A engordar-lhes os fígados hepáticos. Longas vidas têm as bestas Que da ciática se livram À custa de quem rompe as rotulas A encerar-lhes o lídimo piso Onde assentam as plantas Que lhes suportam os cuneiformes. Debitam diarreias para audiência De campânula em riste Ignara dos riscos que os tímpanos sofrem Ao oferecer a tuba auditiva aos rectos falantes. Abanam as clavículas em jeito contristado e pesaroso As pobres audiências Que lhes sufragaram o direito de perdigotar aleivosias, Continuando a romper falanges Nas plainas alisantes da madeira Onde sentam o sacro cu. Despontam como papoilas na primavera Os gordos asnos sufragados Para um povo que lhes merece o peso, Que pela força não os desencadeira E por uma cruz os legitima.
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