Aquilo Não Era Amor!

Data 25/02/2010 22:32:59 | Tópico: Poemas

Faltou. Era mister muito mais.
Agora nem um som de Ronivon
Ou dos Meninos de Minas Gerais.

Era doentio, duro como um vidro,
Fosco como sol roxo que já morre,
Fingido e metálico como um grito
De um amor bandido. Amor Richthofen.

Era turvo como um rio de risos inúteis,
Hilário como um filme antigo de Carlitos,
De mistas sensações falsas, frias e fúteis.
Era um veleiro de ilusões... De infinitos.

Era uma árvore caída, podre e fermentada,
Possuída por pequenas porosidades vegetais.
Um fogo frágil, mais uma caverna fechada.
Era um cavalo coxo... Um nicho de canibais.

Aquilo não era amor. Era uma Quimera.
Aquilo era apenas uma tarde de chuva,
Um mar espumoso de ondas escuras.
Aquilo não era amor. Não era! Não era!...





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=121354