(IN)LÚCIDO!

Data 26/02/2010 21:50:43 | Tópico: Poemas

errei na porta da vontade e adiei a viagem.
do que restou nada me incomoda,
pois tenho como referência a mala segregada da monotonia.
como desejo inacabado amei a impressão
e sentei-me na estética da realidade.
encontrei-me ao acaso com o destino,
mas tinha pressa na condição
e doía-lhe o relógio como constatação.
mas ao mesmo tempo deu-me a impressão
que tinha tropeçado na credencial do poema sincopado,
a quem roubaram o brinquedo menor do sossego.
o melhor é ser distraído e sonhar o livro velho
que não precisa de uma qualquer estúpida assinatura.
e digo isto com a lucidez de ser diferente,
com a mesma lucidez com que leio um anúncio ilustrado
onde a página principal é um prelúdio menor da condição.


Eduarda
26/02/2010


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