
O Dono Do Mundo!
Data 27/02/2010 18:51:09 | Tópico: Poemas
| Eu era fazendeiro das terras do norte Raça de homem ruim, franco e forte; Tinha muitas cabeças de gado e ouro, Era também bom pai e um bom filho Em toda Minas muito conhecido Por ter derrubado um enorme touro Apenas com um soco.
Era muito temido pelas bandas de cá Principalmente depois de uma briga de bar Que andei a cutucar com minha azagaia Uns três ou quatro “peão” Que desde então Passaram a usar mini-saias.
Sim. Era eu. Aqui na minha região era Um pequeno deus. Até o vento mudava a direção Após a pronuncia de meu nome.
Era a preocupação dos homens E a solução para as mulheres Que enxergavam em mim o mundo, Que me davam de tudo (Tudo) Até me beijavam os pés.
Sim, era temido, era terrível, Era feroz. De muitos por aqui era o algoz Considerado mesmo invencível.
Mas algo desabou toda construção Não tinha alcunha ou codinome Eu não estava preparado Por fora era uma armadura... Uma armação... Não era algo uma tsunami, Uma desventura Ou um furacão. Não.
É que numa noite de lua Após beijos tantos e ardentes Uma ninfa divina efervescente Com dois olhos azulados (de diabo) Quebrou todo forte castelado Se apossou e se fez senhora Desse meu desgraçado Coração!
Agora Vejam só como a vida é engraçada, A remuneração do meu total abandono: Hoje nem de mim sou mais o dono, Eu que tinha de tudo E que hoje não tenho mais nada.
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