Matando a saudade

Data 27/02/2010 19:25:46 | Tópico: Sonetos






















Matando a saudade

Quando ela se vai a saudade reaparece
E quer permanecer na minha existência
Penso que é como se ela então quisesse
Judiar-me sem ter nenhuma clemência

Chega e fica em mim fazendo a morada
Parece que até compõe triste cantiga
Para me aborrecer em toda a madrugada
E prejudicar minha alma já combalida

Mas eu dou-lhe um golpe tão certeiro
Pois quem já foi um grande seresteiro
Jamais poderá se deixar a sucumbir

Aí eu manejo o meu violão plangente
Para matá-la eu improviso um repente
E sem nenhuma piedade a vejo cair.

jmd/Maringá,27.02.10



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