a medo.

Data 05/03/2010 13:38:39 | Tópico: Poemas

rasguei ferozmente a carne podre do teu vestido
bordado de palavras avessas queimadas do tempo vão.
pus a nu a quadra flamejante de cores frias noctívagas
evolvi-te num manto de cristal baço intransponível
cerquei a luz envolvente na esperança ténue
voltei do abismo dançante em que matei a lua
e volto-me para o teatro das serpentes aladas salivantes .
enojas-me!
vomito verbos e adjectivos que eram teus
mato-me para ter o prazer de renascer .



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=122494