Meninas São vossos sonhos vendavais São o vento, são as flores dos laranjais Meninas, são vossos sonhos borboletas Que esvoaçam quando desfazem os ais Sempre que se enlaçam nos sonhos desiguais Meninas, são a pureza das rosas delicadas
Então mulheres Caminham e vão em frente Carregam na alma o seu sorrir ardente Escondem a dor disfarçada em prazeres Outras vezes num debrochar estridente Escondem a dor numa lágrima sorridente Então mulheres, são o arco íris, tantas as cores
É já avó Pelo caminho traçado Ficou a esperança espalhada pelo prado Ficaram os dias presos em grosso nó Ficou o rir, e a raiva lado a lado É já avó, no fio de cabelo esbranquiçado Ficaram as marcas de uma vida, o seu fado Recorda os amores, nos dias em que está só.
Meninas. São o vento que varre a planície São estrelas brilhantes, a meninice É o castelo, de um reino feito de anéis lápis-lazúli, pedras azuis pelos areais.
Antónia Ruivo
Um dia destes escrevi um poema de seu nome Mulheres, na sequência desse poema alguém me mandou um outro ao qual juntava um vídeo com uma canção do Pedro Barroso, meninas dos olhos de água, tocou-me esse gesto, porque o Pedro Barroso e as suas músicas fazem parte do meu imaginário,foi a ouvir as suas músicas que fui crescendo e me fiz mulher,foi inspirado nessa canção que nasceu este poema. Não gosto do dia oito de Março, não gosto porque é sinal que apesar dos ventos que fustigaram o mundo ainda é necessário relembrar nesse dia a mulher, não deveria haver um dia especial os dias da mulher são todos os dias desde que o mundo é mundo.não devia existir o dia oito de Março porque é sinal que a mulher em muitos locais continua a ser mais uma das vitimas Desse planeta