Passaro sem asas

Data 12/03/2010 07:52:30 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Abro as janelas da alma
galgo em passadas lentas
pesadas
o sótão escurecido,
pesquiso o cérebro denegrido
sinto o arremesso violento
da enfurecida areia pardacenta
no meu olhar entorpecido,
goteja o passado perdido
em atalhos sinuosos
em becos interrompidos
no caminho da cor

Voam pássaros sem asas
no azul adormecido
na loucura vencida
de um ser em dor

Escrito a 11/03/10



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