Ébrio de amor
Data 14/03/2010 12:31:31 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| É o quarto chope!
Há muito tempo não rodava tanto o copo e, não é só por causa do calor ah, essa febre, esse ardor
Faz muito tempo não me sentia tão solitário quase chamando copo de amigo e urubu de meu louro
Sou eu mesmo grilo falante sou eu próprio ouvinte sendo escrevente da dor de próprio punho, cala-dor
Sei que vivo, pois o coração bate ferido, não se revela assim totalmente, é só mente, racional, pulsante do que foi um dia amante, flamejante...
O coração tal como este copo se sente vazio (de sangue, de chope), ânsia por um gole, bate em seco, engole em vão, angina de peito
É uma nova canção rolando no peito... diz a música na vitrola do boteco, pra amenizar esta dor de cotovelo e assim pela primeira vez, nos derrotamos...
Um gole não dá pra aplacar esta dor, tampouco um porre, no máximo náusea uma boa (ou má) dor de cabeça, e uma sensação de vazio, que faz a falta do amor.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em dezembro de 1980.
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