Cravo-me de Amor

Data 19/07/2007 10:58:23 | Tópico: Prosas Poéticas

Cravo-me de amor em penas que caem como plumas sobre o quarto vazio de ti, depois comparo o rosto que tenho ao que tive quando ainda o percorria em ti e ligeiro-me a sentir este desejo graúdo de ainda puder tocar-te.
Cravo o meu corpo com as tuas palavras e com os teus silêncios e cravo-me ainda com que não me fizeste na perpétua vontade de o desfazer, de desfazer tudo assim em pedaços miúdos que nem o meu amor enorme conseguisse recompor. Cravo-me de amor ainda, despida de ti com o teu perfume a passear no espaço, depois ainda há o cheiro da tua boca a rondar a minha num eco do beijo inglório que restou.
Cravo-me de solidão com o peito arrebatado pela incompreensão ténue e mansa que me atrapalha o sentir violado.

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