O ZÉCA ERA O ARDINA

Data 15/03/2010 20:16:17 | Tópico: Poemas -> Amor

O Zéca era o ardina
A Cristina a varina
Da nossa Lisboa.
Dois jovens amantes
Como havia dantes
Lá na Madragoa.

Sempre sorridentes
Airosos , contentes
Felicidade no ar.
Bairristas de raça
Que tinham a graça
De quem sabe amar.

Ela amava-o tanto
Que com certo encanto
Lhe disse ao Luar.
Leva-me à Igreja
Bendita seja
Quero-me casar.

E um dia,
Lado a lado, no Altar
O sim deixaram saltar
Dos seus lábios risonhos.
O amor,
É o caminho da razão,
A via para a paixão
E a rota para os sonhos.

Seus olhos cintilantes
Como diamantes
Brilhavam de amor.
Seus lábios sorriam
Lábios que só queriam
Beijar com ardor.

Dois corações amigos
Agora bem unidos
Para a vida inteira.
Há festa na Madragoa
Está feliz Lisboa
Engalanou-se a Ribeira.

A vida é um carroucel
E a Lua de Mel
Teve o seu lugar.
Ela foi doce e divina
Para o Zéca e para a Cristina
Não vai acabar.

A. da fonseca





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=123968