
O que amanhã nunca soube
Data 17/03/2010 20:22:03 | Tópico: Poemas
| Não são por meio de cartas De esferas ocultas De estrelas decadentes Ou espelhos fumados Que vejo o futuro com olhos passados.
É, sim, com os actos do agora E as acções do momento Que procuro a resposta Do amanhã que quis saber.
O sentimento de não existir É me imposto sobre juros Que me é cobrado ao segundo Em porções de doses de solidão presente.
E dói! Dói que nem uma faca afiada Em pele desnudada acamada. Espetando com força
Por cada palavra dita Sem choques, sem respostas, Em tormentas mil Em acção de momento efémera.
Por cada palavra escrita Por entre pensamentos, lágrimas De chuva de Abril sentida, As marés do vão preenchem A pedra que é motor do argumentista.
…Suspiros…
Enfim, por palavra sim Por palavra nim O Não é presente, É a afirmação de um amanhã Que nunca soube prever O que os olhos sonhavam Por entre sombras esquecidas Em mar de ocasos vindouros.
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