
Hipérboles
Data 20/07/2007 11:45:47 | Tópico: Poemas
| Como falas que o amor não dói na alma? Talvez a dor do amor tu ainda não conheces, Não sabe que a dor do amor não se ensalma, A dor do amor é algo que não entorpece... ~ Ela te acompanha nas madrugadas, Deitando-se ao lado de teu travesseiro, Trazendo-te uma saudade calada, Parecendo esperar por teu momento derradeiro... ~ Como a nostalgia move a poesia, há saudades, E ela também serve para calar o poeta, Pois a dor do amor a qualquer alma invade, A qualquer homem corroí, ilude, desconcerta... ~ É uma resposta à espera de uma pergunta, Mas, uma pergunta que não encontra respostas, Pois, são peças que não podem estar juntas, De naturezas não reveladas, mesmo que expostas... ~ Porque na grandeza de suas verdades, Há sempre uma que a saudade conclama, Com hipérboles hostis, e verbos em continuidade, Vão apagar o teu fogo, até tua ultima chama... ~ Assim tu medrarás, entendendo a dor do amor, E tentará te esconder no teu subconsciente, Não sabendo que ela te encontra seja onde for, Pois a dor do amor, em todo lugar se faz presente... ~ Levando-te para abismos onde fantasmas residem, E no escuro predominante, acabam te julgando, Mas são seus fantasmas, e eles existem, Em hipérboles, ao qual continuarei falando... ~ Pois ainda hei de ver-te assim decapitado, Por suas próprias palavras, mesmo inconsciente, Ao reconhecer a dor do amor, mesmo atrasado, Desfigurando tua vida, tua alma, tua mente...
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