SONETO À BEIRA DO CAMINHO

Data 20/03/2010 20:33:35 | Tópico: Sonetos

Amo como se nada mais esperasse,
Cheirando a petúnias e num impasse;
Tudo que faço é amar em solidão,
Como só é Antares em Escorpião.

Não sei da agonia de amar no vazio,
Se é pecado amar sentindo frio;
Eu sei apenas do amor e do infinito,
Tão pesado para meu ser restrito.

O que é do amor sem a pessoa-destino?
Uma nebulosa se construindo
Num espaço alheio dentro de nós.

Por isso, nada espero de tudo;
E no desespero do clamor surdo,
Já não acompanho o voo do albatroz.

(Luciene Lima Prado)


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=124779