Deixa-me dizer-te estas palavras Que a minha boca tem para te dizer São pedaços de vida e coisas raras Que o meu coração tem para te oferecer
Têm alma, vida, e a desgraça Numa amálgama de grata ironia O silêncio da dor que a gente passa Que transforma a tristeza em alegria
Sou o passado o presente e o futuro Um farrapo que vegeta em noite fria O silêncio que grita no escuro Acordando do marasmo a alegria
Da história das tristes ironias Lembro o rufar dos tambores da desgraça Das montanhas cinzentas e sombrias Às infames vergonhas da chalaça
Horizonte colorido desbravei Numa rota triunfante em apogeu Alegria em teus olhos eu verei Com as lágrimas de alegria, tu e eu.
Gil Moura
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