BEIJA-FLOR
Não sei como começar Nem mesmo como te chame No vazio o teu olhar Feroz, irado, infame E eu longe distante, distante No fio da navalha cortante!
Talvez não mais, talvez... Te tenha, te sinta, te queira Como quis amor, daquela vez Sob as flores da laranjeira. A vida corre, aragem, aragem O nosso amor, uma passagem!
Toda a nossa infância Transpira na minha mente Porque não desta importância O nosso amor inocente? Fui eu que chorei, chorei Por um amor que sonhei.
Meus luares assim, noites d’alarde Envolvo-me agora de medo, fumo Adormeço sempre tarde Por entre sonhos sem rumo Um pequeno Beija-flor, flor Deslumbrante e sonhador!
Regensburg Beija-Flor
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