
1.A Gaveta da Pedra
Data 01/04/2010 03:36:17 | Tópico: Poemas
| Já é tarde, digo eu. Enquanto as mãos lavam as poeiras de outras mágoas. E o corpo nocturno está cansado de ser constantemente usado. Devoradores de plantas ósseas comem a sonolência E o coração das cidades etéreas.
[E a dor vem em telefonemas de tosse e rouquidão de quem salta o amor.]
Debruço-me assim Neste vento gélido e deixo que os grãos vivos desta ferida sosseguem-me por momentos. Como Gostava que me dessem asas, Depois que me ensinassem a voar, Contudo, Na gaiola passo parte, Grande parte do meu tempo e eu Queria O tempo gasto construído Com sorrisos E não com o casco dos cavalos A pesar-me as asas
[Foi da calcificação da gaveta Que a memoria ficou com a ferida aberta E dela O sangue não parará tão cedo de verter]
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