todos os números.

Data 01/04/2010 21:19:50 | Tópico: Textos





estou cansada disto de ser gente, sobretudo de matar o coração. de falar mais alto que a voz, ninguém me ouvir. sou de outra língua, península de ficar, ilha de partir. depois coisa nenhuma faz sentido no rosto, só o sal como expressão do afecto. estou cansada disto de morrer, de me matar ou de me matarem, é como quando te aninhas a um canto do mundo a encolher as noites ou a escrever poemas de amor. diz-me, de todas as estrelas qual a polar, de todos os amores qual o melhor. diz-me. traz os teus braços contigo para me abraçares, que o teu abraço me traga outras luas, mais cheias, mais novas, menos decrescentes. que a boca te viesse com os braços oferecer-me a língua dos vivos.






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