Psicodelícia

Data 05/04/2010 15:30:05 | Tópico: Poemas

Nalgumas ocasiões ele sabia
Possuía a mais resoluta certeza
Possuiria enfim
Se não fosse ela quem o possuísse.

A verdade era relativa
E todas verdades eram parentes
Paternalidades partilhadas
Brincávamos de deuses
Criando o impossível da arte
Em ranhuras tranquilas das amizades.

O sopro vinha rasgante
Mas não tardava cessava.

Curtos ciclos
Curtas saias
Cultos cultos.

Nalgumas raras
Excelssas
Ocasiões inesperadas
Exalava o mais doce
Alvorada da sanidade
Déspota demente sanidade!

Ah pirata trêbedo
Fúrio de moléstia fácil e frouxa!
És um sidarta
Ou apenas mais um filhinho da mamãe?

Parcas respostas
A vida agora era outra
Em códigos de barras
E pândegas barradas no baile
O normal agora ser perdido de si.

Então na sóbria esquina
De repente tudo era luz
Tudo era música intensa
Perfeição metaritmética
Sonho lúcido do existir.

A restaução era imprópria
Apropriava-se
Um estupro que inspirava gratidão tardia.


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