APOSTEI TUDO

Data 05/04/2010 19:51:31 | Tópico: Poemas

<center><a href="http://de.tinypic.com" target="_blank"><img src="http://i40.tinypic.com/jzgmqs.jpg" border="0" alt="Image and video hosting by TinyPic"></a>
[size=large]
APOSTEI TUDO


Na penumbra insustentável das mãos fechadas,
Enclausurando um feixe de retina auspicioso,
Socorreram-me os medos aventureiros
Do degredo,
Por não ser,
E querer o que não serei.
Rasgaste no meu impenetrável tempo uma fissura,
Amarga e fascinante,
Como cometas fulminantes de néon baço, enevoado.
Cortaste premeditadamente e sem escrúpulos,
Atirando ao chão perdido dos meus passos,
Os cabos frágeis, sustento do meu ser,
Onde por por teimosia, suspensa e a sorrir a alma pendurei.
Perdi por ti pedra amolada, o brilho ofuscante das tristes noites,
Que me brindavam em surdina desumana,
Antes da tua atracagem no cais da minha solidão.
Agora caiem-me os cabelos de sangue rubro,
Em cascatas impiedosas e horrendas,
Sinal de sacrifício no madeiro...

... Apostei tudo em quase nada!


REGENSBURG
05-04-10
BEIJA-FLOR
[/size]


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=127046