A PERGUNTA

Data 06/04/2010 16:46:27 | Tópico: Poemas


Por vezes, pergunto-me
Do propósito intrigante
De aqui ser e de aqui estar.

De não ser uma vela
que alguém possa soprar.
De haver sangue
e cheiro ácido a suor.
Das lágrimas que teimamos em verter.

E porque não ser
um belo galho centenário
numa árvore tropical ?

Um cálice de licor
Uma gota de água
a escorrer até ser sal?

Pergunto-me ainda
da beleza fortuita de um olhar
Que enlaça, encasula,
enrodilha em doce teia,
num abraço que não queremos terminar.

E a resposta que não poderei ter
Mas que queria muito, muitíssimo,
Saber.



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