Aeroporto (3)

Data 06/04/2010 22:44:32 | Tópico: Poemas

Das águas que desabam
sem teto
eu sei.
Pelas retinas que nunca comportam brancas as nuvens que antecedem o precipício,
pelas frases assim - longas demais -
e em favor do tempo contra o qual posso nada.
Vem.

Eu sei da luz azul acesa na veia,
da pista de dança que gira sozinha.
Sei da noite que termina num livro,
num vinho sem nome,
num par de cigarros.

Vem.
põe teu amor de asas abertas;
dá ao silêncio o ar do teu nome.
Que eu sei das encostas que as águas não mudam;
das mil primaveras que tens pra contar.
Que espero, encantada, no topo do mundo,
o minuto imprevisto de me apaixonar.



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