Rio: cidade sitiada (retrato do descaso)
Data 07/04/2010 14:15:30 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Rio de Janeiro, cidade maravilhosa cantada em verso e prosa, por sua beleza natural e encantos mil, de natureza exuberante, mar e floresta, abraçada pelo Cristo Redentor, do alto da serra do Corcovado.
Rio de Janeiro, cidade amedrontada chorada em terço e rosa, por sua fragilidade em pleno abril, da fraqueza ante o temporal, inevitável inundação sitiada pelas marés e galerias obstruídas das encostas desmoronam casas e corpos, vítimas
Rio de Janeiro, cidade olímpica aclamada em coro e tocha por sua vocação, para um evento mundial, resistirá à ausência de políticas de contenção da invasão de seu ralo tapete verde nos morros por favelas e mansões, politícos e especuladores?
Até quando o gingado das mulatas no samba o colorido de Ipanema, Barra e Copacabana o jeito extrovertido da gente bronzeada esconderá o drama e o preço de ser carioca?
Palavras se perdem ao vento, nos governantes que se sucedem nos discursos vazios, no jogo sem tento na própria gente que os bueiros entopem
Não basta ostentar o título, urge recuperar o meio-ambiente, investir sem desviar o recurso público pra melhorar a vida da zona sul à zona norte
O Rio precisa de respeito, de janeiro a dezembro, para com seus cidadãos, do asfalto ou das favelas. AjAraújo, o poeta humanista, refletindo sobre o abandono e descaso com a cidade maravilhosa, pobre Rio, pobre gente que vive nesta cidade, escrito em 7 de abril de 2010.
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