
Barreiro I
Data 23/07/2007 11:19:51 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Barreiro, de operários. De fábricas, indústria. De sacrifício e luta. De comunismo. Mas os tempos mudam, As pessoas também estão diferentes, Mais exigentes, Mais perto da outra margem. É tudo uma miragem, E passam pela estátua sem olhar para o Alfredo. Já não se mexe. Nem nós. Dormitório sem fio de vida, Nesta margem esquecida e gasta. É o povo que se arrasta, Sobre a capital madrasta, Que oferece o que aqui se promete. Mas o cantinho de parques e muralhas, De jovens e mortalhas, De copos de sangria, De noites de alegria, Também esse se desvanece, Os bares fecham, Abre-se uma boate, Governam as discotecas de engate, E a velha grande Vinícula. Cresces de tamanho mas não de cidade. Cidades têm animação. Mas nascido aqui, és bela, Única, e estarás sempre no meu coração.
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