MIL ANOS... QUASE NADA

Data 12/04/2010 19:14:54 | Tópico: Poemas

<img border="0" src="http://img81.imageshack.us/img81/2893 ... d4e57c493be8062.jpg" alt="Wolf Images Upload Photos Wolf Pics"></a><br>

MIL ANOS... QUASE NADA

A noite despontou, luzes, lanternas,
E um manto de orvalho tomba em mim!
Beijo sem asco o frio vento das cavernas,
Desumanamente perto dalgum fim.
Queria não morrer neste destino
Pontes estendidas apontando a fantasia,
O regresso dos fantasmas de menino
Há mil anos no peito os não sentia!
Irredutíveis vão tomando a epiderme
Vontades que de mim nunca detive!
São pés de aço numa talvez marcha solene
Por curta ser a vida curta que não tive.
Agora é tempo de viver talvez mais mil,
Nos recônditos enfermos da floresta nua
Compondo com vagar no meu covil
Uivos e trovas estridentes para à lua.
Espreito e agarro a subtil fresta
Da vida quero o fervor, a intensidade.
Do sonho? São mil anos o que resta
Para saborear a pulso a felicidade.

Mil anos nada são neste viver
E sinto-me criança, ao morrer!

Regensburg
11-04-10
Beija-flor



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=127970