MIL ANOS... QUASE NADA
Data 12/04/2010 19:14:54 | Tópico: Poemas
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MIL ANOS... QUASE NADA
A noite despontou, luzes, lanternas, E um manto de orvalho tomba em mim! Beijo sem asco o frio vento das cavernas, Desumanamente perto dalgum fim. Queria não morrer neste destino Pontes estendidas apontando a fantasia, O regresso dos fantasmas de menino Há mil anos no peito os não sentia! Irredutíveis vão tomando a epiderme Vontades que de mim nunca detive! São pés de aço numa talvez marcha solene Por curta ser a vida curta que não tive. Agora é tempo de viver talvez mais mil, Nos recônditos enfermos da floresta nua Compondo com vagar no meu covil Uivos e trovas estridentes para à lua. Espreito e agarro a subtil fresta Da vida quero o fervor, a intensidade. Do sonho? São mil anos o que resta Para saborear a pulso a felicidade.
Mil anos nada são neste viver E sinto-me criança, ao morrer!
Regensburg 11-04-10 Beija-flor
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