ETERNIDADES

Data 12/04/2010 21:14:38 | Tópico: Poemas

<img border="0" src="http://img42.imageshack.us/img42/244/ ... aa6e5263d7b9152.jpg" alt="Free Image Hosting Upload Photos Photo Sharing"></a><br>
ETERNIDADES


Bate a chuva na calçada,
Mas continuo sentado,
Neste café,
De chão sujo e molhado.
À espera naquele encontro,
Há tanto tempo marcado,
Olho o relógio,
E continuo sentado,
Neste café,
De chão sujo e molhado.
Mas estás tão atrasada!
Será que estás zangada!?
Será que está tudo acabado?
Acabado sem termos conversado,
Sem te mostrar o que por ti tenho mudado,
Sem te dizer as palavras d’amor ,
Que há tanto tenho frustrado,
Sem te provar o quanto estou apaixonado...
NÃO.
Não pode estar tudo acabado,
Senão, que faço eu sentado,
Neste café,
De chão sujo e molhado?
Olho de novo o relógio,
Sinto-me mal...
Sem hesitar,
Peço uma imperial.
Bebo e continuo sentado,
Neste café,
De chão sujo e molhado.
...Subitamente,
Meu coração ficou apertado,
Olho a porta,
Tu tinhas chegado!
Consulto o relógio,
E finjo-me zangado,
Tentando acusar-te da demora,
Mas fico surpreendido,
Pois só passara um quarto d’hora ,
É que entre desespero e saudades,
Tinham-me parecido...

... ETERNIDADES!




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=127996