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Data 12/04/2010 23:05:14 | Tópico: Poemas

O amor não se explica
Acontece, não tem forma nem lógica
Aparece em alarido, ou então parece preguiça
Esticando-se ao sol, ensaiando uma dança
leve,num repente em alvoroço uma flauta mágica
Entoa uma nota frenética
O pano cai, o coração explode pelo segundo acto.

Em cena dois olhares que se abraçam
Respiração ofegante, mãos suadas
Assim se vislumbram as orvalhadas
Das manhãs de Maio, enquanto os corações se enlaçam

Antónia Ruivo

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